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Chutando fora
por Moacir Henrique de Andrade Carqueja

Data: 26-09-2011


Vou meter minha colher em sopa alheia. O assunto é passado, vai ficar com gosto de comida requentada, mas eu fiquei com uma baita comichão nos dedos quando a desclassificação aconteceu e não dava para eu comentar, estava em viagem de férias, na Alemanha. 

E trata-se de tema do qual entendo nada: futebol. Essa palavrinha vem de football, expressão inglesa que busca definir um jogo de bola feito com os pés. Nos Estados Unidos é jogado com as mãos, não me perguntem a lógica. Não concordo com a forma que foi aportuguesada, acho que no espanhol ficou melhor: fútbol. 

Muito menos com a pronúncia que alguns paulistas estão dando para a palavra, falam fu-tê-ból, lendo-a foneticamente. Essa é uma dessas palavras que não estão escritas para serem pronunciadas por fonemas no nosso idioma. Futibol, galera, é mais bonito e mais parecido com o original.Pois, então, abordei o assunto com polêmica, abrindo a defesa para potenciais contra-ataques. 

Se não entendo desse nobre esporte bretão, por que motivo estou a me meter nesse campo de idéias? É simples, todo brasileiro nato é, mesmo que o negue e ainda jure diante da cruz, um técnico de futebol. Assim posto, fico à vontade para discorrer.Quando embarquei para as Oropa já tinha a notícia de que a poderosa esquadra argentina havia naufragado diante do Uruguai na cobrança de penalidades pós-prorrogação. 

Os muchachos da república da margem oriental do rio que tem nome de ave são bons nisso. Na copa do mundo levavam um baile dos africanos e se seguravam com as calças na mão no tempo extra, tal que no último minuto um defensor teve que impedir com a mão o que seria o gol da primeira classificação de Ghana a uma semi-final. Pênalti, expulsão do infrator e, em seguida, o negão perde o gol. 

O resto foi registrado como mais uma dessas injustiças do Deus do Esporte, os uruguaios se classificaram nos pênaltis. Quando os argentinos foram para as penalidades estavam enfrentando uma equipe competente e tarimbada naquele tipo de jogo. Lá em Frankfurt os alemães estavam interessados no nosso futebol e comentavam sobre a Copa América. 

Vi o jogo por pura insônia, cinco horas de fuso, a partida passava tarde na TV. E da mesma forma que nossos vizinhos, fomos eliminados. Era de se esperar que as duas mais importantes escolas de futebol das Américas fizessem uma final eletrizante, mas não corresponderam às expectativas. No caso brasileiro, a seleção canarinho caiu de quatro, nossos craques chutaram quatro vezes e não fizeram nenhum gol. 

Desses quatro, apenas um foi defendido, o resto foi para fora.Para se fazer um gol de pênalti é preciso, primeiro, acertar na meta. E é uma covardia. De um poste ao outro há um vão de 7,32 metros e um pé-direito de 2,4 metros. A bola é colocada a 9,15 metros de distância, não chega a dois metros mais do que a largura do vão que cabe ao goleiro defender. 

Até a Dilma faria gol no paraguaio.Para sustentar o argumento presidencialista, vamos pensar com física. Um cabeça-de-bagre qualquer chuta com potência suficiente para mandar a bola a 80 km/h, aproximadamente 20 m/s. Menos de meio segundo para que chegue até a linha do gol. Dei uma surfada na rede e descobri um artigo sobre o tempo de resposta em jogadores profissionais de vôlei, que é um esporte com condicionamento parecido ao que se faz com goleiros, e a média é 0,6 segundos. 

Isso quer dizer que quando o porteiro pular na bola ela já estará estufando a rede. O pobre do goleiro não tem a menor chance. É como o touro na tourada, já entra condenado.É preciso que se diga isso aos nossos hiper-remunerados jogadores, se eles acertarem o gol, é quase certo que a bola entra. Quase, mas não é certo. Os goleiros sabem disso, então jogam uma roleta, pulam antes para ver se adivinham o canto. 

Aí entram em campo os teóricos, os técnicos do esporte, que passaram a fazer estatística dos cobradores e levam a informação para os guarda-balas:- "O Rokileydisson bate quase todos no canto esquerdo."Ainda não vi jogador com esse nome, mas é só uma questão de tempo.Por outro lado, o técnico do batedor comenta:- "Muda de canto, tua cobrança tá manjada."Voltando às velocidades, uma pessoa com impulsão suficiente para subir 80 cm do chão é rara. 

A velocidade de partida, quando os pés se descolam é baixa, se fosse 80 km por hora, como da bola, o salto seria suficiente para alcançar o oitavo andar de um prédio de apartamentos. Isso quer dizer que o goleiro tem que saltar para baixo, não tem impulso para buscar uma bola no canto alto, exceto se partir muito antes do chute. 

É curioso que ninguém gosta de chutar lá.Se o goleiro escolhe o canto, também o faz o batedor quando começa sua corrida até a bola, não pode esperar que o arqueiro se defina, já que foi proibida a falsa partida, ou paradinha, que acho ter sido criada pelo Pelé. Mas o batedor talvez perceba que o goleiro já esteja voando para o lado que ele escolheu enviar o balão e a tentativa de mudar de canto é que gera o erro. 

Com a paradinha era fácil. É difícil fazer um cálculo de probabilidades, o mais correto é fazer estatística do evento, no brasileirão de 2010 o índice de aproveitamento foi próximo a três quartos. Com base nisso podemos dizer que nossos cobradores da seleção estão abaixo da média nacional, deveriam ter feito pelo menos três conversões em quatro. 

Muito abaixo. É preciso que os treinadores digam aos bem remunerados atletas que a probabilidade passa a ser zero quando chutam para fora. Pelo menos acertar a meta, galera! Como dizia Neném Prancha, pênalti é coisa tão importante que o presidente do clube é quem deveria bater. Estou com ele, vamos escalar a Dilma, pois a seleção é coisa muito séria.


Moacir Carqueja
Moacir Henrique de Andrade Carqueja
Engenheiro Civil e professor universitário aposentado.Casado, pai de três filhos, residente e apaixonado por Florianópolis.


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