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Colunas


Ossos do Ofício
por Moacir Henrique de Andrade Carqueja

Data: 07-03-2012

 


Desde que os homens percebem que são machos, ou seja, descobrem o pinto, que passam a valorizar o apêndice. É de pequeninos que se consideram superiores às meninas por poderem fazer pipi de pé e por terem a capacidade de praticar mijo ao alvo. É provavelmente a primeira manifestação de prepotência do arrogante candidato a macho alfa, pois já se considera exímio atirador, mas não tem controle total das rajadas de sua metralhadora líquida. Supõe que vai sempre acertar o alvo, mas erra frequentemente, sendo depois mijado pela mãe por molhar a tábua do vaso.

Alguns já cedo passam a manter forte relação com o birro, eu me lembro de um vizinho que chupava o dedo até cerca de oito anos de idade, mas o fazia com a outra mão segurando o pinto. Era uma figura engraçadíssima. Só parou de fazer isso em público quando o superego começou a regular sua vida. Não me perguntem se ele continuou fazendo quando se sentisse solitário, ao abrigo de olhares repressivos, nunca investiguei, mas creio que o leitor tenha a resposta.

Há muita literatura descrevendo as idades do pênis, desde quando ainda é novo e inofensivo, passando por um período de naja cuspideira, aquela cobra africana que cospe o veneno nos olhos das vítimas, evolui para alguma coisa parecida com tubo de protetor solar entupido, só sai um pouquinho, sem jatos, até a parada total dos reatores, aposentadoria do gato de armazém.

Pois ontem conversávamos sobre isso eu e meu pai, quando soube dele que alguns mamíferos têm um osso no pênis, ou seja, não amolece nunca. Fui conferir na internet e constatei que era verdade. É um tipo de priapismo de cálcio que os humanos mais velhos tendem a invejar. Vejam que o animal que mais se aparenta ao ser humano é o chimpanzé, com 96% de nossos genes. Esses quatro por cento fazem a diferença, em muitos casos muito bem vinda. Por exemplo, na aparência. Não consigo me imaginar com tesão para encarar uma dona com cara de macaco, aquele nariz cortado, peluda, pés em forma de mãos. Se bem que uma mulher com quatro mãos poderia ser um barato. Mas os chimpanzés têm o tal ossinho e é por isso que existe um clã deles, os Bonobos, que se cumprimentam fazendo sexo. Acho que é o grupo animal mais feliz do planeta, cada vez que um macho encontra uma fêmea: crau! Também tem casos de machos com machos: crau! E fêmeas com fêmeas. Aí não sei a onomatopéia. E tudo isso sem censura, sem jurisprudência de varas de família. É putaria o dia todo, todo mundo feliz, cada qual escolhe como quer ser cumprimentado.

Esse paraíso social só é possível por causa da ferramenta sempre pronta para o serviço pesado. A macacada está sempre apta ao ato, não existe período refratário. Pinto de bonobo é um osso duro de roer.

Foi provavelmente da observação dos macacos que surgiu a idéia da prótese peniana, aquela coisa que os homens nunca contam que têm, mas que é a última esperança de velhos carcomidos, diabéticos e outros tipos de decadentes.

A cirurgia de implante do pseudo osso é simples e é imprescindível que o paciente esteja anestesiado geral, não pode ter consciência do que dizem médicos e auxiliares.

- “Será que esse ossão de plástico vai caber nesse pintinho?”

- “A mulher dele vai estranhar.”

- “Acho que esse cara só está implantando a prótese pra tirar o recalque.”

Eu imagino a vingança do paciente se ouve esses comentários. Se fosse comigo acho que os mataria, um por um, com requintes de crueldade.

Eu ainda fico com uma dúvida atroz, será que ainda dá para usar sunga na praia depois do implante?

É sabido que alguns homens supervalorizam o tamanho do membro, muitos têm vergonha, ou complexo de pinto pequeno. Vou relacionar com um grupo que conheço, a turma da bicicleta. Entre os ciclistas que treinam em pelotão, sempre há aqueles que gostam de mostrar vigor atlético, têm o costume de puxar o agrupamento em velocidades altas, cansando os colegas. Dizem os que se esforçam para acompanhar o ritmo, que pode ser complexo de pau grande, isto é, os incansáveis pensam que o possuem maior do que os demais, ou o contrário, que fazem o exagero só para esconder a deficiência métrica.

Também é dito que os africanos costumam ser mais bem dotados do que os caucasianos, embora eu jamais tenha visto qualquer evidência ou lido trabalhos científicos a respeito, contudo as piadas de negão com um pé de mesa entre as pernas fazem o mito, ou a verdade popular. Há uma explicação para isso. Algumas tribos definiam o seu chefe pelo tamanho da piroca, não sei como faziam a medição, mas o dono do maior pinto, quase uma sucuri, seria o manda-sêmen. No ocidente somos mais polidos, dizemos manda-chuva. Além de mandar e desmandar, era privilégio deste indivíduo de vara grande, daí ser chamado de varão, poder copular com qualquer das mulheres do clã, não por gula, nem por luxúria, mas por caridade, dando prazer a quem sentia falta de um carinho grandioso, tipo amor de mula.

Do ponto de vista das mulheres, a coisa não era bem assim, ainda mais porque algumas dessas tribos praticavam clitoristomia, tirando das fêmeas o direito ao prazer. Então, quanto maior o trabuco, maior o furo da bala, isto é, maior o sofrimento da atingida.

As consequências de tal costume foram seleção natural de homens jumentos, visto que os grandes pirocudos eram mais férteis do que os demais por terem mais mulheres à disposição. Tal seleção é orgulho e alegria dos seus descendentes homens, que hoje exibem seus porretes com visível entusiasmo. Contudo, nem tudo é festa e o indivíduo que carrega tal gurupés tem que ter uma condição cardiovascular excelente para encher e manter cheios os vasos cavernosos, o que torna a ereção muito mais difícil e menos duradoura. Ou seja, o pintudo vai broxar mais cedo do que a concorrência. Como se diz na Bahia, quanto maior o coqueiro, maior o tombo do coco.

Sempre há um argumento para tirar o recalque. Um famoso proprietário de pinto curto, Maradona, que apareceu pelado em foto na internet comparado com uma de Pelé num chuveiro, costuma dizer:

- “Soy pequeño, pero cumpridor.”

Também estamos evoluindo na sensibilidade da epiderme e de nossos pelos. Os gatos têm alta capacidade de sentir coisas com seus bigodes, nós já não temos mais isso. Nossa pele está ficando menos capaz de perceber o entorno e da mesma forma nossos pintos estão menos sensíveis. Pode parecer ruim, mas também é bom, quanto menos sensível, mais demora o prazer, o que tem dado às mulheres o direito ao gozo. Ejaculação precoce é coisa de indivíduos pouco evoluídos, de homem das cavernas, o que tem tudo a ver com ereções. Mas certamente aquele sabor indescritível que só a glande sente certamente já não é o mesmo de gerações passadas.

Defendo uma velha teoria que diz que a natureza nunca deu às fêmeas o direito de gozar, porque não era importante para a reprodução. A prole está garantida quando o macho ejacula, para a fêmea resta a esperança de gozar na próxima bimbada e o dever de carregar a cria no útero até o dia da dor do parto. Não me chamem de machista, não fui eu quem inventou a mulher, reclamem com o criador.

Também somos brindados com uma capa protetora para proteger a glande, evitando que roce contra nossas pernas inicialmente, e contra a cueca hodiernamente. A circuncisão melhora a higiene, mas expõe a parte sensível do pênis aumentando a referida perda do tato pelo contato casual com outra superfície. Novamente aumenta o tempo de exercício para alegria de judias e muçulmanas.

Chega de baixaria, vou parar por aqui para levantar o astral.

Nem que seja com Viagra.

 


Moacir Carqueja
Moacir Henrique de Andrade Carqueja
Engenheiro Civil e professor universitário aposentado.Casado, pai de três filhos, residente e apaixonado por Florianópolis.


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