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O que considerar na hora de escolher um novo emprego
por Marco Aurélio Barbosa D'Oliveira
Data: 07-03-2012
Quando empresa e/ou colaborador não atingem um nível de satisfação razoável, pode-se iniciar a partir daí a perspectiva de mudança, o que na verdade não é muito fácil de admitir.
Outrossim, “empurrar com a barriga” essa situação pode se constituir na pior das possibilidades; deixar que as coisas se resolvam ao sabor do acaso pode propiciar uma demissão inesperada ou mesmo anos de desperdício de potencial.
Mudar de emprego não é necessariamente a saída mais viável para o problema. Às vezes a conversa com companheiros de trabalho, gerência ou mesmo com profissionais especializados em gestão de pessoas de dentro ou de fora da empresa, pode contribuir para que se descubram os motivos do problema ou ainda remover a causa da insatisfação.
Para se repensar uma carreira é importante levar em conta três variáveis a saber: personalidade do profissional, sua situação na empresa e as contingências em termos do ambiente externo.
Isso significa que, primeiramente, que o profissional precisa definir claramente suas expectativas em relação à carreira e conhecer bem o seu potencial, costumes e motivação.
Alguns profissionais simplesmente precisam mudar de atividade depois de certo período. São os chamados “empreendedores”, que, após uns quatro ou cinco anos em uma função ou área de atuação passam a se sentir sufocados pela rotina e assim, perdem a motivação para o trabalho.
Quando não são promovidos ou não mudando de cargos, acabam por achar mais interessante a opção por um novo emprego.
Não há, por outro lado, nada de errado em uma carreira linear. Mas quem optar por ela só estará seguro em uma organização que tenham a compatibilidade de valores; empresas em constantes mudanças e transformações não podem comportar pessoas com estilo mais conservador em seus quadros de colaboradores.
Existem, no entanto, sinais de alerta que podem sinalizar de que é chegado o momento de se tentar um novo emprego.
Quem é preterido duas vezes em um sistema de promoções, certamente também o será numa terceira vez. Essa pessoa, com certeza, não está sendo valorizada na organização ou, sua personalidade não se mostra compatível com a cultura da instituição.
Salários em níveis muito baixos ou “achatados”, e ainda, em atraso podem ter o mesmo significado. Porém, aquilo que se mostra como mais grave é o esvaziamento das funções, que se pode traduzir num processo gradual de demissão.
Certas situações podem provocar a perda de confiança mútua. Essa é dificilmente recuperável, provocando um desgaste muito grande, frequentemente inútil. O mesmo ocorre quando há uma grande perda de poder político da pessoa no âmbito da empresa, nesse caso, o melhor é mesmo sair.
Intuitivamente o profissional pode detectar certa rejeição à sua pessoa no ambiente de trabalho. Negar ou confiar cegamente neste dado parece não ser de bom tamanho, convém checar se a suspeita se confirma, tendo como parâmetro dados racionais.
Por sua vez, a atração pelo novo pode ser uma armadilha, pois há uma certa tendência em supervalorizá-lo, talvez pelo fato de não conhecê-lo bem.
Para quem está realmente decidido a mudar de emprego um alerta: quem procura emprego estando empregado tem melhores condições de negociação, outro dado a ser considerado é quanto à discrição, pois como diz o ditado: “o segredo é a alma do negócio.”
