Data: 13-10-2011
Antes de ser mãe eu sempre notava que as mulheres que já tinham filhos, principalmente os de idade próximas, estavam sempre comparando os desenvolvimentos dos respectivos filhos: "O seu já está engatinhando? Ele dorme a noite inteira? Com quanto tempo ele andou?" eram perguntas com o intuito de comparar e avaliar se os filhos delas estavam dentro dos padrões de normalidade.
E eu sempre prometi a mim mesma que não ia ficar fazendo essas comparações quando fosse mãe, promessa que já comecei a descumprir na gestação, pois era só encontrar com outra grávida que já queria saber todos os sintomas que ela estava sentindo para ver se eram iguais os meus, o tempo de gestação para ver se a barriga dela era maior ou menor que a minha e assim por diante.
Quando minha filha nasceu eu passei a ser exatamente como todas as outras mães e suas comparações. Foi nessa época que descobri que 99,9% delas sofrem do que apelidei de : "A síndrome da comparação". Por mais que tentamos nos controlar é irresistível perguntar para uma amiga quando que o filho dela começou a fazer aquilo que você está doida para que o seu comece logo. E coitados dos pediatras... Os ouvidos dele estão cansados de ouvir aquele mesmo texto de todas as mães: Mas Dr. a filha da minha amiga já faz tal coisa porque o meu não faz, é normal?...Até que um dia a pediatra das crianças muito educadamente me deu uma aula sobre cada criança ter seu próprio ritmo de desenvolvimento e aquele blábláblá todo, que no fundo a gente sabe muito bem, porém ignora do mesmo jeito.
Minha filha por sua vez, também era vítima da comparação de outras mães, mas ela sempre foi muito precoce em muitas coisas (com 15 dias já tinha o tronquinho firme, engatinhou com 4 meses, falou com 7...) e eu mesma já avisava as mães que ela não era muito padrão de comparação. No entanto, o desfralde por exemplo, eu só consegui finalizar com 2 anos e 4 meses, e mães conhecidas minha, cujos filhos demoraram mais que ela para fazerem outras coisas saiu da fralda primeiro que ela, o que só confirma a tese que é uma tremenda besteira a gente ficar comparando mesmo, pois realmente cada criança tem seu ritmo próprio, algumas serão mais rápidas em determinadas coisas, outras para outros tipos de situação e assim por diante.
Porém, é como eu disse anteriormente, mesmo sabendo de tudo isso o difícil é se curar da síndrome.
Hoje mesmo fiquei investigando uma amiga para saber com quantos meses o filho dela passou da fralda M para G, depois fiquei rindo de mim mesma pois tinha escrito esse texto há poucas horas e finalizei dizendo que achava que, enfim, eu havia me curado da síndrome. Precisei voltar e editar o final...Em se tratando de comparação, as mães não têm mesmo conserto.
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