Deprecated: mysql_connect(): The mysql extension is deprecated and will be removed in the future: use mysqli or PDO instead in /home/storage/3/0e/5d/campogrande1/public_html/old/ga-admin/includes/conexao.php on line 18
Colunistas | Campo Grande Net

Warning: Creating default object from empty value in /home/storage/3/0e/5d/campogrande1/public_html/old/template/head.inc.php on line 123
Banner-CGNet-Servsal

Warning: Creating default object from empty value in /home/storage/3/0e/5d/campogrande1/public_html/old/template/head.inc.php on line 139
AACC_ARRAIÁ-AACC_BANNER_510-x-95

Colunas


CAMPO GRANDE, 112 ANOS: MAIS HOMENS E LIVROS
por Luiz Eduardo Silva Parreira

Data: 20-08-2011

 

Dia 26 de agosto, aniversário de Campo Grande! São 112 anos de história!  É impressionante constatar, no entanto, que para além do Rio Paraná, a cidade é uma ilustre desconhecida.

 

Aqui não entram questões de nome de Estado, desconhecimento geográfico ou descaso em razão de “forças ocultas que agem para anuviar a pujança da idade”. Nada disso. É puro e simples desinteresse do turista, do cidadão.


Qual o motivo? Bom, deve haver diversas linhas de explicação para esse fato que, certamente, os Poderes Públicos Municipal e Estadual estão avaliando.  Comungo com aqueles que asseveram ser falta de atrações turísticas na cidade e de estímulo à história e expressões regionais locais.


Vir a Campo Grande se limita a comer em restaurantes, participar de algum evento no Palácio Popular da Cultura e depois partir para o Pantanal ou Bonito. Tal ato dá à cidade um aproveitamento do turista de no máximo 2 ou 3 dias! Muito pouco em comparação com o preço que se paga para chegar até à Cidade Morena. Com as novas linhas de conexão direta entre o mundo, o Pantanal e Bonito, que já estão em andamento, o resultado será menos turistas na Capital sul-mato-rossense.


Não se pode deixar escapar tão valioso visitante por descaso! Shoppings, shows, praças, tudo isso os turistas conseguem nas suas cidades ou pela televisão.  O que atrai e fixa é o diferente! Em momentos como esses não se devem fazer divisões entre o erudito e o popular, mas agir em bloco e valorizar o que é da casa, para que os outros também aprendam a valorizar.

 


Incentivando-se empresários (pois o Poder Público tem de cuidar de outros problemas, como educação, segurança e transporte, cuja falta inviabiliza muitas ideias e centraliza o investimento só em determinadas áreas da cidade), poder-se-ia estruturar melhor as iniciativas que estão nascendo ao redor de Campo Grande, que visam explorar o esporte de aventura, bem como, o contato com a natureza: passeios a cavalo, cachoeiras, vida na fazenda, parapente, dentre outras.


Também vender – junto com um toque de marketing profissional (e gente para isso temos) – o que Campo Grande oferece: chipa, sobá, sopa paraguaia, guisado e mandioca, arroz com guariroba, tereré!  Há muitas coisas, só falta alinhar as ideias e estratégias.

 


Nesse ínterim, junto com órgãos como a Academia Campo-Grandense e Sul-Mato-Grossense de Letras, estimular a história regional local; com a Secretaria Municipal de Educação, inserir o estudo dessa história na grade escolar. Ao mesmo tempo, valorizar os cantores, escritores, poetas, artistas que teimam  ainda fazer arte e citar a cidade em suas obras.


Campo Grande e vários campo-grandenses já ocuparam as páginas da história, mas poucos se lembram. O ex-presidente Jânio Quadros era campo-grandense.  A cidade foi palco das Revoluções de 24 e 32. O Comandante da Força Expedicionária Brasileira (FEB), Marechal Mascarenhas de Moraes, serviu em Campo Grande como comandante da 9ª Região Militar. Sem contar os próprios vultos de importância local, que fundaram, estruturaram, planejaram, cuidaram e se importaram com o crescimento quantitativo e desenvolvimento qualitativo do seu povo. Sem eles, Campo Grande continuaria sendo distrito da querida Nioaque. Um exemplo são os redentoristas e os salesianos, que trouxeram para a cidade colégios de vulto, quando vir para o Oeste era coisa de maluco!


Vender o que se tem, com produtos de qualidade, propaganda inteligente e forte espírito cívico, com amor embasado na terra em que se nasce. Receita simples que fez com que outras cidades, como Hanói e Berlim, chegassem a mais de 1.000 anos de fundação, com traços de sua história ainda de pé, mesmo depois de passarem por guerras terríveis. Campo Grande, com 112 anos, mal se lembra de quem foi e de quem ajudou a ser o que é!


A culpa não é dos outros, é nossa. Assim como países, parafraseando Rui Barbosa, uma cidade se faz com homens e livros. Eles são fontes de cultura, de reconhecimento, da consciência, da ação e da sensibilidade. Cultura, para o enriquecimento intelectual da população; reconhecimento, para valorizarmos aqueles que agiram em prol da cidade; consciência, de que há muito que melhorar; ação, para que as mudanças aconteçam; sensibilidade, para podermos olhar para nós mesmos e nos identificarmos com as diferentes expressões artísticas que a cidade oferece.


Esperar milagres turísticos vindos apenas de uma única obra faraônica, é um erro, que Alcântara, no Maranhão, no séc. XIX, já nos ensinou que custa caro e às vezes não funciona. Temos de pensar além, como estadistas, na definição de James Clarke.   Pessoas que pensam na próxima geração e  não como certos políticos que pensam, apenas, na próxima eleição.
Ainda há tempo! Parabéns, Campo Grande!



Calendário

«Maio - 2024 »
DSTQQSS
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031 

banner-Ópitica_do_Divino



O portal da Cidade de Campo Grande. Informações sobre os acontecimentos da Capital de Mato Grosso do Sul; cultura, lazer, gastronomia, vida noturna, turismo e comércio de Campo Grande.